domingo, 9 de março de 2008

O que não quero...


Hoje anoiteceu, a 1° noite do ano, talvez a única... Talvez a última por muito tempo. Observei, sentada na janela, o sol se pondo, e tudo ficando escuro, serenamente calmo, tranqüilo. O bom de quando anoitece, é que há sons que somente aparecem durante a noite, como meu coração batendo, lento e passivo, o som da respiração da pessoa ao meu lado, os barulhos de mosquitos e pernilongos, o barulho da noite. Fazia tanto tempo que não ouvia esses sons, que já havia me esquecido de como era a sensação. A minha vontade nesse momento é de correr, correr alcançar a lua que se ergue gigante e luminosa no céu, pegar as estrelas com as mãos e guarda-las em minha caixinha de jóias e todo dia, deixa-las sair e enfeitar o céu, como agora.

Não quero que pensem que sou uma louca, não quero que pensem no sentido que caminho para encaixar as palavras certas, apenas observem, absorvam... Nesse silencio gostoso, a paz, o calor que se é transmitido a partir de tudo o que vivemos. Não quero também que vejam o mundo de uma forma natural. Vocês vivem! Podem ver a noite todos os dias, ouvir os barulhos imperceptíveis depois da correria diária que parece não ter fim.

Da janela aonde, agora, observo a lua em sua forma cheia, me sinto tão fascinada, completa e cheia de vida. Paro de contar as horas e, nesse momento, me pego em um estado e entorpecimento. Fecho os olhos, e por segundos me deixo ser a lua, lá no céu escuro. Brilhando, iluminando a noite. Quem pensa em dormir nessas horas?

Não quero que pensem que estou tentando fazer vocês entenderem o que sinto, pois é impossível, mas também não queria ser egoísta e deixar de compartilhar com vocês a beleza do meu momento. Deste momento. Onde nada existe, a não ser eu, à noite e tudo o que vem com ela. Ouço cachorros na rua, latindo, ouço ao longe um carro passando, sinto a minha presença, luzes sendo apagadas. Sinto que as pessoas sentem um alivio quando fazem isso. Acabou o dia. Mais um dia, mais uma noite.

Hoje anoiteceu. Sorri, sorri novamente. Fazia tempo que não via a noite, fazia tempo que não tocava a noite, não sentia a noite e talvez, durante muito tempo, essa será a ultima vez que o faço.

Sintam o cheiro...
Tornamos-nos mais perceptivos à noite, cada som, cheiro, toque.
Abro os olhos.
Não quero esquecer. Não quero esquecer...
Não quero que vocês esqueçam.
Não quero pensar que vocês esquecerão.
Não quero pensar que eu esquecerei e, quando eu ver a noite novamente, vai ser a 1° noite do ano, pois as sensações vividas estarão esquecidas, e tudo será novo, mesmo não devendo ser. Talvez a nova noite esteja sem lua ou, talvez, ela se tenha ido e eu não tenha percebido.

Posso dizer que, quando fico triste, os meus sentidos ficam mais atentos e percebo que eu não quero tanta coisa! Mas nesse momento, o que eu não quero, é perder a chance de observar a lua descendo, a noite acabando, as luzes acendendo. Estou observando nascer algo novo, um dia novo e não quero perder esse precioso momento.

By Jéssica...

Desculpem eu não ter postado por esse loooongo tempo... Sabe né! Minha vida está meio corrida. Bom, esse foi um texto escrito pela minha amiga Jéssica. Achei ele muitooo bom, e ela deixou eu colocar aqui. Em breve, mais posts.

by Tom

2 conversadores:

Teresa

eeeeeeei

então bora apostar pra ver quem ganha essa corrida???
aposto que ganho kkkkkkkkkk
vida corrida é a minha hehehe

=*

Anônimo

Rsrs...
é bom ver meu texto aqui...
Então...
Acho q é isso!!!!!
bjsSS
tchauU

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